Gerente de restaurante da Tijuca é preso no Rio por injúria racial
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- Criado em Terça, 24 Novembro 2015 11:42
- Publicado em Terça, 24 Novembro 2015 11:42
- Escrito por Marcelo Barbosa JP
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O gerente do restaurante Garota da Tijuca, na Zona Norte do Rio, foi preso em flagrante por injúria racial, na sexta-feira (20). Ascendino Correia Leal teria oferecido bananas a três entregadores de bebidas negros como "homenagem" ao feriado da Consciência Negra. As vítimas acionaram a polícia e o gerente foi levado para a 19ª DP (Tijuca).
Leonardo Valentim, motorista do caminhão que entregava bebida no bar, contou que ele e os dois entregadores estavam fazendo uma entrega no estabelecimento. "Ele foi em cada um de nós e ofereceu as bananas e disse que era em homenagem ao Dia da Consciência Negra. E ainda completou que ‘é uma para cada um que vocês, que são todos da mesma raça", disse Leonardo.
Segundo o delegado-titular da unidade, os depoimentos apontam que Ascendino acreditou estar fazendo uma brincadeira. "De mau gosto", acrescentou Celso Gustavo Castello Ribeiro.
William Dias Delfim, outra vítima, afirmou em depoimento que o gerente tentou desfazer o constrangimento e entrou no restaurante rindo. No entanto, Leonardo teria discutido com o gerente pelo ocorrido e chamado a Polícia Militar.
Ascendino pagou fiança de R$ 800 e foi liberado no mesmo dia. Ele pode pegar de um a três anos de prisão e mais multa. O gerente no Bar Garota da Tijuca não foi trabalhar nesta segunda-feira. Ele está licenciado desde o episódio. No registro de ocorrência, os dois entregadores afirmaram que não conheciam o gerente.
Direção repudia ato de gerente
A direção do grupo Garotas, dona do restaurante na Tijuca, Zona Norte, divulgou nota informando que a atitude do gerente do estabelecimento foi independente.
Os responsáveis pelos restaurantes informam ainda que repudiam qualquer tipo de discriminação e pedem desculpas aos clientes e fornecedores informando que esse tipo de ato não irá se repetir.
O comunicado diz que medidas serão tomadas. A empresa atua no mercado há mais de 60 anos, com mais 600 funcionários e casos como esse são inadmissíveis, diz a nota.
Leonardo afirma que relembrar o caso faz mal a ele e que chegou a pensar em agredir o homem, mas pensou melhor e viu que isso iria transformar o autor em vítima.
"A gente vê isso acontecendo pela TV, com jogadores de futebol, e até com artistas, como a Taís Araújo, e não imagina que uma coisa dessas vai acontecer com a gente", afirma Leonardo.Do G1 Rio
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