Polícia investiga participação de PMs em caso Menino Joel e Cabula

Os soldados da Polícia Militar Lúcio Ferreira de Jesus, 35 anos, e Maurício Santos Santana, 34, estão sendo investigados em outras duas situações, além dos casos de sequestro e extorsão pelos quais foram presos na tarde desta quarta-feira (28).

O nome do soldado Lúcio, lotado na Rondesp/Central, é citado no caso do Cabula. O fato aconteceu na comunidade da Vila Moisés, em fevereiro deste ano, e deixou 12 pessoas mortas. Os militares foram acusado de execução pelo Ministério Público da Bahia, mas absolvidos pela Justiça. O caso foi denunciado na Organização das Nações Unidas (ONU), em agosto.

Nesta quinta-feira (29), a assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP) não soube informar se o soldado da Rondesp/ Central Lúcio Ferreira de Jesus que aparece nos autos do caso do Cabula é o mesmo militar preso por sequestro e extorsão ontem.

O diretor do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), delegado Moisés Damasceno, disse que ainda está investigando a participação do PM na situação do Cabula. "Não chequei se é a mesma pessoa, mas nos dois casos os nomes são iguais e ambos trabalham na Rondesp", disse.
O nome do PM Maurício Santos Santana, atualmente lotado na 39ª Companhia Independente da Polícia Militar (Imbuí/ Boca do Rio), aparece na lista dos nove militares investigados no caso da morte do Menino Joel, assassinado dentro de casa em novembro de 2010 durante uma operação da Polícia Militar no bairro do Nordeste de Amaralina.

Joel tinha dez anos e estava se preparando para dormir quando foi baleado na cabeça. Os policiais foram denunciados pelo Ministério Público da Bahia por crime doloso triplamente qualificado - cometido por motivo torpe, oferecendo perigo comum e impossibilitando a defesa da vítima.

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