Portador de imunodeficiência rara, baiano aguarda por doação de medula para tratamento

O estudante de engenharia, Gustavo Faillace, de 26 anos, é portador de um tipo raro mutação genética que afeta a produção de anticorpos. Por conta disso, ele e familiares vivem sob constante preocupação. Devido sua condição imunológica, um simples resfriado pode se tornar um perigo de vida.

Gustavo é um dos 805 baianos em busca de um doador de medula óssea. No entanto, por causa da pandemia do novo coronavírus, a quantidade de doadores caiu consideravelmente em 2020, tornando ainda mais difícil a situação de pacientes que alimentam a esperança de ter uma vida mais saudável.

O jovem vem sofrendo com constantes problemas de saúde decorrentes da baixa imunidade desde 2017, mas só foi diagnosticado com Trombocitopenia Tipo 5, em 2019, após um teste genético. A doença causa queda muito grande de plaquetas no organismo.

Ele conta que desde o início da pandemia, em março, não sai de casa e precisa ter cuidado com tudo que faz porque até um simples corte na pele pode gerar diversas complicações de saúde.

Em todo Brasil, o número de novos doadores de medula diminuiu consideravelmente. De acordo com dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), de janeiro a agosto de 2019, foram registradas 14.595 novos doadores de medula em todo país. Com a pandemia, o número caiu para 4.589 mil, no mesmo período em 2020.

Após cruzamento de dados, caso um doador seja compatível com algum paciente na fila de espera, ele é chamado para fazer a retirada da medula. O procedimento é simples e o doador não sente nenhum efeito colateral.

Na Bahia, o cadastro para ser um doador de medula óssea pode ser feito em qualquer unidade da Hemoba. Os endereços e telefones estão disponíveis no site da instituição.

g1ba

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