Sem receber medicação de alto custo, baiana em tratamento de câncer raro faz apelo: 'Não quero morrer'
- Detalhes
- Categoria: Sample Data-Articles
- Criado em Quarta, 29 Julho 2020 11:53
- Publicado em Quarta, 29 Julho 2020 11:53
- Escrito por Marcelo Barbosa JP
- Acessos: 464
Imagine precisar de medicação para sobreviver e não ter esse direito plenamente assistido. Essa é a situação vivida pela baiana Karolline Hadeydi, de 35 anos, natural da cidade de Feira de Santana. Com diagnóstico de mieloma múltiplo – um tipo raro de câncer que atinge principalmente a medula óssea –, ela conta que está há mais de um mês sem receber os remédios do governo do estado.
Karolline descobriu o câncer em outubro de 2017 e, desde então, luta para estabilizar a doença. Durante boa parte do tratamento no Hospital das Clínicas de Salvador, a cerca de 100 km de Feira de Santana, ela faz a quimioterapia venosa, recebeu as medicações mensalmente e passou por transplantes.
Todo o tratamento de Karolline é feito pelo SUS porque a família não tem condição de arcar com o alto custo das medicações carfilzomibe e lenalidomida. Segundo ela, a caixa com 21 comprimidos chega a custar R$ 28 mil. Karolline entrou com processo na Justiça para que o governo da Bahia provesse a medicação dela, o que aconteceu. No entanto, ela conta que a disponibilização foi suspensa há mais de um mês.
Karolline é casada e tem dois filhos: os pequenos Eduardo, de 9 anos, e Matheus, de 5. Ela conta que o maior medo que sente, desde que descobriu o mieloma múltiplo e passa pelas dificuldades do tratamento, é deixar a família.
A Sesab explicou, então, que que o fornecedor vai entregar a carfilzomibe na quarta-feira (29) e reafirmou que a lenalidomida está com entrega regular.
G1 Bahia.