Protesto em Jacobina pede segurança em barragem e lembra tragédia em Brumadinho

Uma manifestação realizada na manhã desta segunda-feira (25) em Jacobina lembrou a catástrofe humana e ambiental ocorrida em Brumadinho (MG) há um mês, e chamou a atenção para os riscos que uma das barragens de rejeitos de minério oferecem a moradores de comunidades próximas. Outros protestos aconteceram simultaneamente em cidades do Vale do São Francisco e no Brasil.

O protesto de hoje foi organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) de Jacobina, estudantes e movimentos ambientalistas. Com faixas, cartazes e cruzes pretas, o grupo de manifestantes percorreu ruas e avenidas do centro da cidade, com paradas em frente ao Fórum Jorge Calmon, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Calçadão. No fórum, os manifestantes puseram as cruzes e cartazes no chão, deram as mãos e pediram mais segurança para as comunidades que podem ser atingidas em um eventual rompimento de barragem da mineradora Yamana Gold.

O que as duas tragédias têm a ver com Jacobina?

As duas barragens de rejeitos que se romperam nas cidades mineiras são iguais a primeira barragem (B1) construída em Jacobina. Foram feitas utilizando o método de alteamento a montante, que é mais barato e mais instável do ponto de vista segurança. Outra similaridade entre as barragens é que, a barragem mais antiga de Jacobina, a B1, foi construída na década de 1980 e está desativada, sem receber rejeitos de minério desde 2012.

A mineradora nega que não haja segurança, apesar de ter realizado um simulado de emergência na última semana. Na ocasião, várias entidades participaram do treinamento, incluindo o promotor de justiça Pablo Almeida, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). Apesar de ter destacado que "a experiência foi positiva", o promotor Pablo Almeida apontou algumas falhas na simulação.

Fonte: Jacobina Notícias / Fotos: Almacks Luiz

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