Adolescente morto afogado em Placafor pediu ajuda a amigo: 'não me deixe morrer'
- Detalhes
- Categoria: Sample Data-Articles
- Criado em Segunda, 27 Junho 2016 15:40
- Publicado em Segunda, 27 Junho 2016 15:40
- Escrito por Marcelo Barbosa JP
- Acessos: 478
O adolescente Elder da Luz Brandão, 17 anos, que morreu afogado na praia de Piatã, em Salvador, chegou a ser socorrido por um amigo que viu o afogamento. Ele desapareceu no mar na última sexta-feira (24) e desde então equipes do Salvamar buscavam o adolescente.
O corpo foi localizado por um pescador na manhã desta segunda-feira (27) na região das pedras da praia de Placafor, já em estado de decomposição.
Segundo a mãe do garoto, a microempresária Alaíde do Vale da Luz, Elder tinha ido à praia com amigos. Depois que jogaram bola, ele resolveu entrar no mar e dar um mergulho, mesmo diante do alerta do amigo, que avisou que o mar estava agitado.
"Ele era muito teimoso, estava gripado, com a garganta inflamada, mas dizendo que, como ele ia para Marinha, tinha que aprender a nadar", disse a mãe do garoto.
Quando um dos amigos percebeu que Elder estava se afogando, entrou no mar para tentar salvá-lo, mas não conseguiu. Segundo a mãe da vítima, o amigo só saiu do mar porque percebeu que também ia se afogar. "Ele agarrou no pescoço do amigo e dizia: 'Pelo amor de Deus, não me deixe morrer'", contou. Como não conseguiu ajudar Elder, o rapaz pegou uma bicicleta emprestada e foi correndo procurar um salva-vidas.
O salva-vidas Paulo Lima, 53 anos, contou que o posto avançado do Salvamar funciona até as 17h, mas Elder se afogou às 17h30. "O amigo dele veio correndo, falando com os barraqueiros, até chegar na gente. Nós voltamos e estávamos procurando esse rapaz desde sexta-feira. Ele queria ser Marinheiro e veio querer aprender a nadar logo no mar", lamentou.
Elder tinha se matriculado para cursar o oitavo ano na Escola Estadual Rotary. Antes, ele morava em Candeias com o pai, mas há três meses decidiu morar em Salvador, com a mãe. "Eu acho que esses três meses que ele veio morar comigo foi pra se despedir, pra conviver mais comigo", lamentou Alaíde.
Na 12ª Delegacia (Itapuã), onde foi registrar a morte do filho, Alaíde lembrou do sonho do garoto de se tornar marinheiro. "Ele já sabia que era isso que queria. Ele me dizia: 'Minha mãe, eu ainda vou dar muito orgulho para a senhora'", comentou.
O corpo do adolescente foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, mas será levado ainda hoje para Candeias, onde será enterrado. Correio24Horas
www.vejabaixagrande.com.br