Tragédia em Lajedinho completa três anos e desabrigados aguardam casas

Três anos após a tragédia que provocou 17 mortes e deixou 600 desabrigados no município de Lajedinho, localizado na região turística da Chapada Diamantina, 231 casas que começaram a ser reconstruídas na época ainda não foram entregues aos moradores. No dia 7 de dezembro de 2013, a cidade foi arrasada por um temporal que durou duas horas e provocou um volume de água esperado para três meses.

Os imóveis destruídos começaram a ser reconstruídos em uma região que será chamada de Loteamento Maria José Pereira de Almeida, em homenagem a uma das vítimas da enchente. A placa de construção presente no local sinaliza que o prazo de conclusão das obras seria 11 de agosto de 2015. Mais de um ano após a passagem da data, a localidade segue sem nenhum morador.

Por meio de nota, o Ministério das Cidades afirmou que no órgão não há previsão de entrega das casas em Lajedinho. O Ministério acrescentou que informações sobre o loteamento poderiam ser obtidas com a prefeitura local e com a Caixa Econômica Federal.

Em entrevista à reportagem, a prefeitura informou que aguarda apenas o sistema de abastecimento de água ser concluído para que as casas sejam entregues. A Caixa ainda não informou prazo para entrega.

Enquanto aguardam a entrega dos imóveis, os desabrigados estão em casas alugadas pela prefeitura ou morando com familiares. No final de 2014, um conjunto habitacional foi inaugurado e contemplou alguns desabrigados. O projeto de construção foi anterior à tragédia e a prioridade das doações passou a ser das famílias que perderam tudo.

Três anos da tragédia, Arlinda Pereira, que perdeu a casa na enchente, lembra com tristeza da perda da filha Carolina Almeida, que na época tinha 11 anos. "Hoje eu estava pensando. Se Carol estivesse aqui, hoje estava com 14 anos, já mocinha, me ajudando em casa. Estaria feliz. Eu era feliz e não sabia não. Na humildade que era casa da minha mãe, na humildade que a gente era lá em casa, da casa cheia. Podia faltar algo, mas estava todo mundo ali presente. Só que agora sempre falta alguma coisa", diz emocionada. Leia mais em G1 BA

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