Gerente do Banco do Brasil é presa por não ter liberado dinheiro para aposentados

A angústia de milhares de aposentados e pensionistas do estado parece que está chegando ao fim. Depois de uma verdadeira batalha judicial que durou dias e da prisão de uma gerente do Banco do Brasil nesta quarta-feira, o dinheiro dos salários de 137 mil inativos foi liberado. Mas só após o fim do expediente bancário a folha de pagamento começou ser processada pelo Bradesco. Todos os depósitos devem ser feitos até a manhã de quinta-feira. O estado informou ontem à noite que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o confisco feito em suas contas para quitar a dívida.

Na terça-feira, a Justiça determinou o arresto de R$ 669.270.832,74 nas contas do estado, a pedido da Defensoria Pública. O governo entrou com uma petição, alegando que esses recursos não poderiam ser usados para o pagamento de pessoal. Argumentou que a verba era “proveniente de empréstimos obtidos junto a organismos nacionais e internacionais para execução de obras (de saneamento) e programas sociais”. A Justiça, porém, não acolheu o recurso e manteve o confisco.

Mas os problemas para que aposentados e pensionistas recebessem o salário referente a março não haviam acabado. Às 15h50m de ontem, como confirmou em nota o Tribunal de Justiça, uma gerente do Banco do Brasil foi presa, por desobedecer à ordem para liberar os recursos. Segundo o TJ, a “funcionária alegou que não tinha autorização da sede do banco em Brasília para concluir o arresto”. De acordo com a decisão judicial, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal tinham que fazer a transferência de recursos confiscados de contas do estado para o Bradesco, que é responsável pelo pagamento dos inativos.

Um oficial de Justiça que tinha ido ao Banco do Brasil para que a transferência fosse feita acabou levando a gerente para a 5ª DP (Gomes Freire). Quando ela já estava na delegacia, o banco finalmente comunicou a liberação do dinheiro. A funcionária, que não teve o nome revelado, prestou depoimento e pôde ir embora. Em nota, o Banco do Brasil informou apenas que “cumpriu a ordem judicial e transferiu os recursos”.

— Os depósitos foram feitos quando o oficial a conduzia até a delegacia. Os advogados do banco trouxeram os comprovantes do repasse, e a gerente foi liberada. Ela não cometeu nenhum crime, mas foi necessário trazê-la até aqui, porque era a única responsável que estava na agência naquele momento — disse o delegado Leandro Artiles, adjunto da 5ª DP.O GLOBO

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