Delegado acusado de assédio sexual por investigadoras na BA é indiciado após exoneração

O delegado investigado após denúncias de assédio contra investigadoras, em Salvador, foi indiciado pela Polícia Civil (PC). A informação foi confirmada nesta sexta-feira (8) pelo Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc). Antônio Carlos Magalhães Santos, que já tinha sido exonerado do cargo, pode ainda responder por importunação sexual e injúria.

Ao todo, quatro servidoras denunciam o suspeito, que é conhecido como ACM. As mulheres trabalhavam na 28ª Delegacia Territorial (DT/Nordeste de Amaralina), na capital baiana, onde o ele atuava como titular.

Elas foram transferidas para outra unidade em outubro, após período em licença médica. O grupo está sob acompanhamento de psicólogos do Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional (DPSV).

Não há detalhes ainda sobre o teor do inquérito remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Após análise das investigações, o órgão define se remete ou não o caso à Justiça e denuncia e delegado. A reportagem tentou contato com a PC e o MP-BA, mas não teve retorno até a última atualização.

O delegado foi exonerado do cargo no dia 24 de setembro. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) quatro dias depois o surgimento das denúncias. Apesar disso, não há detalhes se a decisão foi adotada por causa das investigações.

Em nota, Antônio Carlos disse que as denúncias contra ele são "inverídicas e de cunho político" e parte de uma "ardilosa armação" para manchar sua imagem. O delegado ressaltou que trabalha há 25 anos na polícia enquanto as mulheres que o acusam estariam há apenas quatro meses na instituição.

G1 Bahia

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