Polícia Civil apura plano para fraudar licitações de merenda escolar em Salvador
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- Criado em Terça, 16 Fevereiro 2016 12:02
- Publicado em Terça, 16 Fevereiro 2016 12:02
- Escrito por Marcelo Barbosa JP
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De acordo com a investigação feita pela Polícia Civil de São Paulo, 53 interceptações telefônicas da Operação Alba Branca indicam que uma organização criminosa, liderada pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que fraudava licitações da merenda escolar e superfaturava produtos agrícolas e suco de laranja, planejava se infiltrar na prefeitura de Salvador e em outros municípios da Bahia, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. De acordo com o Estadão, o esquema funcionaria por meio da cooptação de servidores públicos e gestores municipais.
Em relação ao alcance do esquema na capital baiana, um diálogo grampeado pela Polícia Civil em 23 de dezembro de 2015, entre integrantes da Coaf, mostra como estavam as perspectivas de ‘negócios’ na capital baiana.
Um homem que era chamado de ‘Carlinho’ dizia, na conversa, que tinha “boas notícias de Salvador” e que “está bem adiantado. Ele disse ainda que "fechando com Salvador dá para trabalhar o resto do ano”. Um outro homem apelidado de ‘Alvo’ também falou que Salvador “está adiantado, falou com Marcos e eles estão redigindo a minuta do edital”.
Em contato com a reportagem do Bocão News, o secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, demonstrou estranhar a capital baiana ser citada e negou que a gestão tenha feito qualquer tipo de negócio com a Coaf. O titular afirmou que nunca ouviu falar da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar, e que “a prefeitura de Salvador não costuma fazer negócios com cooperativa”. Bellitani, após apurar com integrantes da Secretaria, garantiu que em nenhum momento a pasta foi procurada por membros da Coaf.
“Às vezes, eles falam com uma pessoa, de algum bairro, e acham que tem algo encaminhado. Mas repito: Nunca fomos procurados por qualquer integrante desta cooperativa e nunca fizemos nenhum tipo de negócio”, garantiu Bellintani.
De acordo com a Polícia Federal, os diálogos não são provas de corrupção ou de que tudo o que é dito pelos interlocutores tenha de fato ocorrido. Os investigadores estão usando as gravações para seguir pistas de contratos que teriam sido fraudados. Para isso, vão solicitar de administrações municipais cópias de editais de chamada pública e de contratos fechados com a Coaf.bocaonews
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