Mãe de adolescente com espectro autista se revolta após escola proibir filho de levar lanche na Bahia
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- Criado em Quarta, 21 Agosto 2024 13:58
- Publicado em Quarta, 21 Agosto 2024 13:58
- Escrito por Marcelo Barbosa JP
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A mãe de um adolescente de 14 anos, com espectro autista, se revoltou depois que a escola onde o filho estuda, na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, proibiu o garoto de levar o próprio lanche. O menino tem seletividade alimentar, comum entre pessoas com autismo, que rejeitam muitos alimentos por causa do cheiro e da textura.
Segundo a família do adolescente, desde que ingressou na escola, no começo do ano, o adolescente não recebeu o Plano de Educação Individual, o (PEI), direcionado a alunos especiais.
Mesmo tendo apresentado toda a documentação de um neurologista, explicando que o filho, pelo espectro autista, tem uma seletividade alimentar, ele foi proibido de comer o lanche que levava de casa junto dos colegas.
Preocupada com a situação, a mãe resolveu denunciar o caso. Buscou o Núcleo Territorial de Educação e o Conselho Tutelar. Quer que o filho continue na escola, com todos os direitos que tem.
A Constituição Federal, no Artigo 208, garante o atendimento educacional especializado a portadores de deficiência. Uma lei de 2012 garante, inclusive, acesso a medicamentos e nutrientes.
Depois da denúncia da mãe, na sexta-feira (16), Pedro não foi mais à escola. A família aguarda um laudo do Núcleo Territorial de Educação com um parecer, inclusive, nutricional sobre o caso.
O nutricionista Iury Lopes explica que a maioria dos autistas tem a percepção de alimentos limitados, por causa do transtorno de neurodesenvolvimento, o que gera uma hipersensibilidade sensorial.
A reportagem da TV Subaé, afiliada da Rede Bahia na região, procurou a direção da escola, que alegou não poder se pronunciar.
Em nota, o Núcleo Territorial de Educação informou que se reuniu com a equipe de nutricionistas do setor e os responsáveis pelo aluno. Afirmou ainda que na reunião, propôs elaborar um cardápio especial para atender o estudante, mas a família teria preferido disponibilizar a alimentação que ele deve consumir na escola, o que ficou acertado pelas partes envolvidas.
g1 Bahia