Pacientes denunciam ginecologista por assédio durante consultas no Centro Estadual de Oncologia da Bahia

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Ao menos quatro pacientes denunciam que foram assediadas durante uma consulta com um ginecologista identificado como Leonardo Palmeira, no Centro Estadual de Oncologia da Bahia (Cican), em Salvador. A Polícia Civil investiga os casos. O profissional foi afastado das atividades.

Uma das mulheres esteve no final da manhã desta quarta-feira (26) na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas, na capital baiana, para registrar a ocorrência. A Polícia também recebeu a uma outra denúncia na sexta (21) e aguarda por mais relatos.

A Polícia Civil informou que só vai divulgar mais detalhes sobre as investigações após a finalização do procedimento. A unidade de saúde fica na Avenida Vasco da Gama, no bairro de Brotas.

Denúncia

Uma das vítimas, de 26 anos, que prefere não revelar a identidade, afirmou que procurou o médico Leonardo Palmeira, apenas para apresentar o resultado dos exames preventivos realizados com outro profissional.

De acordo com a mulher, o suspeito pediu para que ela refizesse a coleta e o abuso aconteceu após ela ter aceitado o pedido do ginecologista.

A mulher também disse que disse para outras pessoas, que também acharam estranho o pedido do profissional.

"Aí ela disse que não era normal, cheguei a contar para outras pessoas também e as pessoas também falaram que não era normal", disse.

A consulta foi em maio de 2020, mas a mulher só procurou a polícia quase dois anos depois, por medo e vergonha.

"Hoje me sinto muito envergonhada, né? É uma humilhação isso, porque a gente foi lá na clínica para se tratar e não para estar passando por esse tipo de coisa, entende?", contou a mulher.

Outra vítima, que ainda não registrou boletim de ocorrência, procurou a produção da TV Bahia, e fez uma denúncia por aplicativo de mensagens.

g1ba