Siamesas separadas celebram o Dia das Crianças com 1º passeio, em GO

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As siamesas separadas Maria Clara e Maria Eduarda de Oliveira Santana, de 5 meses, têm muitos motivos para comemorar nesta segunda-feira (12) o Dia das Crianças. Após enfrentarem uma cirurgia que as deixou independentes, elas se recuperam bem e vão aproveitar a data passeando, pela primeira vez, em um shopping de Goiânia.
“Elas só ficam presas desde que nasceram e vai ser muito bom poder ver gente. Elas vão amar e eu estarei exibindo os meus dois troféus”, contou ao G1 a mãe das meninas, a dona de casa Denise Borges de Oliveira, de 20 anos.Para a mãe, agora que as filhas estão separadas, é possível sonhar com um futuro promissor para as duas. “Queremos que elas estudem e se tornem médicas, pois assim poderão salvar a vida de outras crianças, como salvaram a delas. Temos certeza de que elas ficarão muito emocionadas sempre que a gente relembrar tudo o que elas enfrentaram, ainda tão pequenas”, afirmou Denise.
As irmãs passaram pela cirurgia de separação no último dia 9 de setembro, no Hospital Materno Infantil (HMI). Elas permaneceram alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e receberam alta no dia 30. Desde então, estão com a mãe e o pai, o servente Caíque Santana, na Casa do Interior de Goiás.
Uma equipe de enfermagem do HMI vai ao local constantemente para a troca de curativos. Maria Clara, que ficou mais debilitada após a separação, ainda se recupera dos pontos no abdômen. Já Maria Eduarda praticamente está com a região cicatrizada. No entanto, ainda não há previsão de quando serão liberadas para voltarem para a casa, no Bairro Valéria, em Salvador, na Bahia.
O pai diz que está ansioso por esse dia: “Não vemos a hora de poder ir para casa, pois apenas a minha mãe esteve aqui e já viu as duas separadas. Tenho certeza que todos vão fazer a maior festa quando a gente chegar, cada um com uma delas no colo. Vai ser maravilhoso”, afirmou Caíque.

Apegadas
Denise conta que as meninas são muito tranquilas e dormem a noite inteira. “A gente só tem que agradecer a Deus e à equipe do HMI, pois elas nem parecem que foram operadas há apenas um mês. Como elas ainda são molinhas, precisamos ter mais cuidado na hora de segurá-las. Mas fora isso, elas não dão trabalho”, conta.
Já Caíque diz que agora está tudo mais fácil. “Antes era mais complicado, pois dependendo do jeito que a gente pegava podia machucá-las”, disse.
Segundo o pai, as gêmeas seguem muito apegadas. “Principalmente a Maria Clara, que é a mais séria. Quando ela percebe que a Maria Eduarda, a mais risonha, não está por perto, chora. Então até para dormir a gente coloca as duas no mesmo berço”.
Separação
As meninas nasceram no dia 24 de abril deste ano, unidas pelo abdômen e compartilhando o fígado e uma membrana cardíaca. Em 14 de julho, eles chegaram a Goiânia para iniciar o tratamento. A cirurgia de separação foi realizada no último dia 9 e durou cerca de seis horas.

Do G1 GO

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