Um mês após prisão de padrasto por estupro, jovem fala sobre segurança

"Os exemplos das minhas dores vão ajudar a sarar as feridas de outras meninas". A declaração de Eva Luana reflete os caminhos que a estudante de 21 anos tem tomado para se libertar dos medos que ainda sente, depois de ter passado nove anos sendo abusada pelo padrasto.

Denunciado por cerca de 10 crimes, entre eles estupro e tortura, Thiago Oliveira Alves completa um mês preso nesta quarta-feira (13). Ele está no Centro de Observação Penal de Salvador (COP), que fica no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

Na terça-feira (12), Eva contou ao G1 que começou a dormir tranquilamente e sem acordar de noite, há cerca de uma semana.

A jovem disse ainda que continua vivendo em um lugar separado da mãe e da irmã, uma criança de 6 anos, porque elas precisam de um apoio psicológico maior.

Aos poucos, Eva tem voltado a fazer tarefas do dia-a-dia, mas revela que ainda tem medo de voltar para a faculdade e manter uma rotina.

Além do acompanhamento psicológico, a jovem também tem recebido assistência ginecológica, por conta dos vários abortos forçados que fez, induzida e agredida por Thiago, desde que tinha 12 anos. Sobre a movimentação do processo contra ele, Eva Luana disse que prefere não acompanhar para resguardar a própria saúde mental.

A estudante revelou ainda que depois do relato tem recebido mensagens diárias de meninas que encontraram, na história dela, força para denunciar seus abusadores.

g1ba

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