Perícia desmente versão de policiais e 3 PMs são indiciados por homicídio doloso no caso de artista plástico morto na BA

Os três policiais militares envolvidos na operação que matou o artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos Filho, conhecido como Nadinho, no município de Candeias, região metropolitana de Salvador, foram indiciados por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) pela Polícia Militar da Bahia (PM-BA). Edvaldo Nunes, Leandro Xavier e Dinalvo dos Santos já eram alvo de denúncia instaurada pela Polícia Civil em junho deste ano.

Segundo a PM, a versão apresentada pelos policiais para o momento do crime é de que o artista plástico teria confrontado os agentes e disparado tiros. A versão, no entanto, não conseguiu ser comprovada pela perícia.

"Os policias afirmaram que encontraram uma arma junto com Manoel, porém foi comprovado que a arma que eles entregaram alegando ser de propriedade do artista plástico não foi disparada em nenhum momento", afirmou o corregedor-geral da PM, coronel Barbosa.

A família alega que a versão oferecida pelos policiais não procede. "Meu pai nunca teve uma arma. Ele sequer deixava os filhos brincarem com arma de brinquedo. Os criminosos querem vender a imagem de meu pai como marginal, mas isso não é verdade. Meu pai é um homem bom, um ótimo pai, um homem honesto. Estamos lutando para inocentar um inocente e isso é muito injusto", disse a filha do artista plástico, a pedagoga Márcia Cristina Marinho.

A denúncia por homicídio doloso é resultado do Inquérito Policial Militar instaurado pela corporação em 21 abril deste ano, mesmo dia do crime, e que foi concluído em 20 de junho. Além disso, os três agentes da corporação responderão a Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que será instaurado nos próximos dias e que pode resultar na expulsão dos policiais da corporação. G1BA

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