'Chegamos no limite', diz árbitro baiano sobre veto de Dilma em MP do Futebol

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A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) convocou, através de edital, nesta quarta-feira (12), uma Assembleia Geral Extraordinária em todos os estados do Brasil para esta quinta-feira (13). A categoria se encontra insatisfeita com o veto da presidente Dilma Rousseff em um dos artigos da MP do Futebol, que foi sancionada e se tornou a Lei 13.155. O item vetado fala sobre um repasse de 0,5% da renda dos recursos do direito de arena - referente a transmissões televisivas para os sindicatos de árbitros. O repasse iria para o sindicato nacional (Anaf), em caso de competições nacionais, e para os sindicatos estaduais em caso de competições estaduais. No estado da Bahia, o tom é de insatisfação total. Presidente do Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol (Sinbaf) e vice-presidente da região nordeste da Anaf, o árbitro Arílson Bispo da Anunciação afirmou que a situação chegou ao extremo. Em entrevista ao Bahia Notícias, o juiz mostrou tristeza com o veto. "Recebemos a notícia do veto com surpresa e tristeza. Estivemos em Brasília para discutir e pedir apoio em relação a este assunto. Conseguimos as primeiras aprovações [Câmara de Deputados e Senado], e, para nossa surpresa desagradável, houve o veto (da presidente) que, para nós, é injustificável. A razão do veto foi absurda. Chegamos no limite", afirmou. A razão do veto publicada é a seguinte: “Embora medidas que busquem o aperfeiçoamento da arbitragem mereçam ser estimuladas, seu custeio por parcela decorrente do direito de arena não se revela mecanismo adequado para esse fim. Além disso, o regramento da matéria deveria prever critérios para utilização e controle dos recursos recebidos". Segundo Arílson, uma greve é possível para as próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. "Considero a greve possível. Em muito tempo de arbitragem nunca vi uma insatisfação tão grande. Está uma insatisfação enorme na categoria nacional. Caso não mude, será algo inevitável. Mas isso será decisão dos sindicatos", completou. Todos os sindicatos do país irão se reunir a partir das 19h.

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